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TESTAMENTO DE UM IDOSO COM ALZHEIMER
Eis que permito-me deixar um pedido se, por ventura em meu cérebro a senibilidade penetrar sorreteiramente e a demência se infiltrar inesperadamente, e o esquecimento, a falta de lucidez e a confusão se instalarem, por favor lembrem-se disto:
Eventualmente ainda tenho uma vaga lembrança de minha identidade! Gosto de ser chamado pelo meu nome, aquele que meus Pais me deram! Posso ainda saber onde estou, e com quem estou! Faço ainda questão de usar aquele tipo de sapato que usei toda a minha vida! A roupa do estilo que sempre preferi, pois a roupa dos outros colocada em mim, me entristece! A falta de atenção em em ajudar na higiene pessoal, me traz ansiedade! A comida em estilo que não conheço, não me apetece! As Fraldas de vez em quando me incomodam, além de me deixarem envergonhado!! Gostaria ás vezes de caminhar para espairecer e ver a natureza! Receber visitas e lembrar que sou importante! Um abraço, um beijo, e saber que alguém ainda tem afeto por mim! A falta de sono não é proposital, tampouco intensional, não se irrite por favor! A falta de interesse está além de meu controle! A falta de jeito, me é inexplicável! Meu esquecimento me deixa traumatizado! Sinto dores que ás vezes não consigo contar! Meu olhar vago não reflete o que sinto! E se não dou um abraço, é porque meus braços não me obedecem! Se não te dou um beijo, é porque meus lábios não sabem mais o que fazer! E se não te digo que sou grato por sua dedicação e o seu amor, é porque a ponte se partiu e perdi o caminho, que me levaria a compartilhar com você os meus sentimentos...
UM SER HUMANO QUE ENVELHECE!
Victor Hugo
MEU VELHO PAI
Meu velho pai, preste atenção no que lhe digo
Meu pobre papai querido Enxugue as lágrimas do rosto
Porque papai que você chora tão sozinho
Me conta meu papaizinho
O que lhe causa desgosto
Estou notando que você está cansado
Meu pobre, velho adorado é seu filho que está falando
Quero saber qual é a tristeza que existe
Não quero ver você triste
Porque é que está chorando?
Quando lhe vejo, tão tristonho desse jeito
Sinto estremecer meu peito, ao pulsar meu coração
Meu pobre pai você sofreu pra me criar
Agora eu vou lhe cuidar
Esta é minha obrigação
Não tenha medo, meu velhinho adorado
Estarei sempre ao seu lado, não lhe deixarei jamais
Eu sou o sangue do seu sangue papaizinho
Não vou lhe deixar sozinho, não tenha medo meu pai
Você sofreu quando eu era ainda criança
A sua grande esperança, era me ver homem formado
Eu fiquei grande estou seguindo o meu caminho
E você ficou velhinho, mas estou sempre ao seu lado
Meu pobre pai, seus passos longos silenciaram
Seus cabelos branquiaram, seu olhar se escureceu
A sua voz quase que não se ouve mais
Não tenha medo meu pai, quem cuida de você sou eu
Meu papaizinho não precisa mais chorar
Saiba que nao vou deixar, você sozinho, abandonado
Eu sou seu guia, sou seu tempo, sou seus passos
Sou sua luz, e sou seus braços
Sou seu filho idolatrado...